Argentina amplia segurança na fronteira com SC e PR, mas sem cerca de arame

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A Argentina anunciou uma operação de controle e vigilância na fronteira com o Brasil, afetando a dinâmica das cidades fronteiriças de Bernardo de Irigoyen (Argentina), Dionísio Cerqueira (SC) e Barracão (PR). A medida visa combater atividades ilícitas na região.
O que aconteceu
A operação foi nomeada "Plano Guacurari" e terá duração inicial de 180 dias. O objetivo é desarticular o narcotráfico, contrabando de pessoas e lavagem de dinheiro, segundo o diário oficial argentino.
A ministra de Segurança da Argentina, Patricia Bullrich, havia prometido reforçar a fronteira em janeiro. Na ocasião, foi anunciado um muro de arame na fronteira com a Bolívia.
A fronteira entre Argentina e Brasil é considerada estratégica e complexa devido à sua geografia. Trata-se de uma fronteira seca sem barreiras naturais, conforme descrito no documento oficial.
O governo Milei considera a região crítica pela presença de grupos criminosos como o PCC. A área enfrenta desafios relacionados ao contrabando, tráfico de drogas e armas, entre outros crimes.
A operação contará com a participação das polícias argentinas e do Ministério Público Federal e Estadual. A Gendarmeria será responsável pela execução do plano.
Integração cultural de Brasil e Argentina na fronteira
Os moradores das cidades fronteiriças vivem uma simbiose cultural entre Brasil e Argentina. É comum cruzarem a fronteira para atividades cotidianas como compras e trabalho.
O "portunhol" é amplamente utilizado como idioma local. Há também uma fusão cultural nas áreas de gastronomia, música e festas entre os dois países.
Muro na fronteira ainda não foi descartado
Embora não haja plano para um muro com o Brasil, Bullrich não descartou essa possibilidade. Em entrevista à rádio Mitre, ela afirmou que construiria mais alambrados se necessário.
No ano passado, dezenas de envolvidos nos atentados do dia 8/1 fugiram para a Argentina. Muitos atravessaram irregularmente as fronteiras terrestres.
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