Eduardo é figura irrelevante no caso contra Moraes nos EUA, diz professor
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O deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos tentando articular junto a autoridades americanas medidas que possam atingir o ministro Alexandre de Moraes, do STF, mas acaba sendo figura irrelevante no caso. A análise é do cientista político Paulo Ramirez, professor da ESPM, na 2ª edição do UOL News de hoje. Para ele, o protagonismo está mais centrado em Elon Musk, e a briga que afastou o presidente dos EUA, Donald Trump, e o dono do X pode escantear qualquer tipo de sanção contra Moraes.
Eu diria que o caso do Alexandre de Moraes nos Estados Unidos não se deu tanto a partir da pressão do Eduardo Bolsonaro, que é uma figura absolutamente irrelevante. Claro que é apoiador do Trump nos Estados Unidos, mas ele não tem uma voz tão forte dentro do imaginário trumpista — nem mesmo sobre o Bolsonaro.
Na verdade, a influência maior sobre a decisão da Casa Branca em colocar o nome do Alexandre de Moraes numa lista de pessoas que sofreriam restrições de estrangeiros veio do Elon Musk, exatamente porque, no Brasil, parte das big techs, principalmente a X, passa por tentativas de controle, que são legítimas em função dos negacionismos democráticos — entre tantos outros atentados contra a democracia que essa rede ajuda a promover.
Agora que o Trump está afastado do Elon Musk e que o documento da Casa Branca também não deixava muito claro qual seria a restrição a Moraes, pode ser que esse assunto não leve a lugar nenhum, que só tenha servido para que os bolsonaristas fizessem alarde no Brasil. A partir de agora, considerando essa ruptura entre Musk e Trump, pode ser que essas restrições não deem em nada e eu acredito que esse seja o caminho.
Paulo Ramirez
O cientista político ainda considera que Eduardo Bolsonaro tenta surfar na onda para se colocar como o grande responsável pela movimentação das restrições contra Alexandre de Moraes, mas isso nada mais é do que um 'barulho exagerado feito pela ala bolsonarista no Brasil".
Os bolsonaristas no Brasil também soltaram fogos, mas é mais uma forma de criar um estardalhaço. Volto a dizer: a pressão maior foi de Elon Musk do que, necessariamente, do Eduardo Bolsonaro, que diante de todos os apoiadores de Trump é um 'Zé ninguém'.
Esse grau de responsabilização e protagonismo do Eduardo Bolsonaro é um pouco forçação de barra dos próprios bolsonaristas brasileiros.
Paulo Ramirez
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