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Motta cutuca governo após aprovar urgência que derruba IOF: 'Recado claro'

Presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) Imagem: Marina Ramos / Câmara dos Deputados

Do UOL, em São Paulo

16/06/2025 22h42Atualizada em 16/06/2025 22h42

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), cutucou o governo Lula (PT) após a aprovação do regime de urgência para o projeto que derruba o decreto que aumentou o IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).

O que aconteceu

"346 votos [a favor]. Um recado claro da sociedade", disse Motta. "A Câmara foi apenas o veículo que ecoou essa demanda: o país não aguenta mais aumento de imposto."

Discussão sobre as contas públicas não é sobre mais ricos ou mais pobres, segundo ele. "Toda essa discussão sobre as contas não é sobre quem mora na cobertura ou no andar de baixo. É sobre todos nós que moramos no mesmo prédio."

Não é hora de "medir forças", afirmou o presidente. "É hora de somar coragem para ajustar as contas e fazer o Brasil crescer de forma sustentável."

Regime de urgência acelera tramitação do projeto. Isso significa que o texto não precisará passar por comissões temáticas e vai direto à votação no plenário da Câmara. Caso seja aprovado, o decreto do governo sobre regras do IOF seria suspenso.

Governistas representam cerca de 60% dos votos a favor. Pelo menos 212 votos favoráveis vieram de parlamentares do MDB, PP, PSB, PSD, Republicanos e União Brasil, partidos que ocupam ministérios no governo Lula.

Quatro deputados do PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin, votaram a favor. São eles: Tabata Amaral (SP), Heitor Schuch (RS), Duarte Jr. (MA) e Eriberto Medeiros (PE).

Oposição encabeçou o pedido de suspensão. Logo após a publicação do decreto do governo, o líder da oposição, Coronel Zucco (PL-RS), protocolou o PDL (projeto de decreto legislativo) para sustar a medida.

Movimento é considerado uma resposta ao governo. Como o UOL mostrou, Motta colocou o requerimento de urgência em pauta diante das insatisfações da Casa com a medida provisória enviada pelo Executivo e o atraso no pagamento das emendas parlamentares.

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