Sêmen encontrado em empresário morto em Interlagos não é de ato sexual

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Laudo da Polícia Técnico-Científica confirmou a presença de sêmen na região peniana do empresário Adalberto Amarílio dos Santos Júnior, achado sem vida em um buraco no autódromo de Interlagos. No entanto, isso não é um indicativo de que ele teve relação sexual antes de morrer.
O que aconteceu
Laudo da Polícia Técnico-Científica deu positivo para PSA (Antígeno Prostático Específico). Essa proteína produzida pela próstata é encontrada em pequenas quantidades no sangue e em maior quantidade no sêmen. No entanto, isso não é um indicativo de que Adalberto teve relação sexual antes de morrer, segundo o secretário executivo da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, Osvaldo Nico.
Liberação do líquido seminal é "normal" em casos de morte por asfixia. Em coletiva de imprensa, Nico explicou que após uma asfixia, o corpo cadavérico pode soltar urina, fezes e líquido seminal. "Após uma asfixia pode haver essa saída desses líquidos e isso que apontou o exame. Não aponta qualquer relação sexual e também não há indício disso nos autos por ora. É algo biológico do corpo humano", disse.
Condições que empresário foi encontrado indicam intenção de "humilhação". Nico também destacou que o fato de o empresário estar sem as calças quando foi encontrado sem vida é um indicativo de que o assassino quis "humilhá-lo", não um indício de violência sexual.
Polícia agora investiga o caso como homicídio. Ainda segundo Nico, os policiais trabalham com três linhas de investigação, mas maiores detalhes não foram fornecidos porque "o caso é complexo e está sob sigilo".
Relembre o caso
Empresário havia desaparecido após ir a evento de motos no Autódromo de Interlagos. Pelas redes sociais, familiares de Adalberto e internautas pediam que informações sobre o seu paradeiro fossem enviadas para a companheira dele, a farmacêutica Fernanda Dandalo, por meio de seu perfil no Instagram.
Último contato do empresário com a esposa foi no dia 30 de maio, por volta de 20h. Imagens das câmeras de segurança registraram Adalberto chegando sozinho ao evento do autódromo. Não foram achadas ainda imagens dele saindo do local.
Corpo foi encontrado no buraco de obras da prefeitura na manhã do dia 3 de junho. Desde então, a polícia tenta elucidar o caso.
Adalberto estava sem as calças e o par de calçados que vestia no dia que desapareceu. Junto a ele estavam a carteira, o celular e o capacete, mas a câmera que ele usava acoplada ao acessório não foi encontrada.
Ele não morreu de forma instantânea e foi vítima de um assassinato "lento e sofrido'. "[Ele teve] uma morte lenta, agonizante... Ele podia estar tentando respirar", segundo Ivalda Aleixo, diretora do DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa), durante coletiva de imprensa na tarde de ontem.
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